quinta-feira, 7 de junho de 2012

S i g m u n d F r e u d

Boa Tarde estimados colegas, matéria nova post novo. Já sabem como é :)

Freud defendia que vivíamos segundo o princípio do prazer, sendo que na puberdade os instintos voltam após um período de latência. Juntamente com a questão da sexualidade, insiste sobre o inconsciente (comparação entre com um iceberg entre o consciente [parte acima da superfície da água] e o inconsciente [parte que se esconde dentro da água]).
Com o estudo de Freud, renovou-se o objecto de estudo para a Psicologia: processos psíquicos inconscientes (apesar de admitir a existência do consciente, não lhe deu importância e apenas lhe atribuiu um papel secundário da determinação do nosso comportamento e dos nossos processos mentais).
 Freud conclui que os processos psíquicos inconscientes influenciavam em grande parte o nosso comportamento, personalidade e motivações.
Idealizou, também, duas teorias que explicariam a composição do psiquismo humano.

1ª tópica do psiquismo humano: Consciente, Pré-consciente e Inconsciente

I. Consciente - A zona da razão e do contacto com o mundo exterior. Nele estão os raciocínios, os pensamentos e as percepções que a pessoa é capaz de voluntariamente evocar e controlar segundo as suas necessidades ou desejos e conveniências do meio social. O sistema consciente tem a função de receber informações provenientes das excitações do exterior e do interior. Consciente é a parte da mente humana a que é possível chegar através da introspecção;
II. Pré-consciente – Zona intermédia entre o consciente e o inconsciente, funciona como um pequeno arquivo de registos, cabendo-lhe sediar a fundamental função de conter as representações de palavra. A sua função é impedir a manifestação de pulsões socialmente inaceitáveis, ocorrendo o recalcamento (processo normal e indispensável ao equilíbrio psicológico e social do indivíduo);
III. Inconsciente – O conjunto de pulsões e desejos inconscientes, essencialmente os de natureza sexual, possuem um dinamismo próprio cujo papel na determinação do comportamento humano é superior aos dos fenómenos conscientes. Estrutura psíquica contendo uma dinâmica pulsional, desejos recalcados e sendo regulado na sua actividade pelo princípio do prazer.

2ª tópica – Ego, Superego e Id

O Id, Ego e Superego são as estruturas essenciais da personalidade, estabelecendo entre si uma relação conflituosa à qual se deve o dinamismo da vida psíquica.

I. Ego – Representa o princípio da realidade. Nasce com o impacto entre o id e os factos reais, este modera a impulsividade do id, controla a acção e decide de que modo as necessidades e os desejos podem ser satisfeitos. Rege-se pelo princípio da realidade, orientando-se por princípios lógicos, sendo mediador entre as pulsões inconscientes e as exigências do meio;
II. Superego – Representa as forças repressivas da sociedade. Actua como um “juiz” das nossas actividades e pensamentos. Forma-se quando são assimiladas as regras de comportamento ensinadas pelos pais, através de um sistema de recompensas e castigos. Instância interna que actua de modo automático e espontâneo. É formado por princípios morais e representa um conjunto de valores nucleares como a honestidade, o sentido de dever e de responsabilidade, as obrigações, etc… Inclui o ego ideal (a imagem perfeita do que somos e do que podemos ser) e a nossa consciência (as regras de bons e maus pensamentos e comportamento). O papel do superego é triplo:
a. Inibir ou refrear os impulsos provenientes do id que podem arrastar o ego em virtude da sua forte repressão;
b. Persuadir o ego a substituir os objectivos realistas por objectivos morais e moralistas;
c. Procurar a perfeição moral.
III. Id – Representa as forças biológicas, instintivas da personalidade. Rege-se pelo princípio do prazer, que tem por objectivo a realização, a satisfação imediata de desejos e pulsões. Grande parte dos desejos nele contidos é de natureza sexual e agressiva. Este não se orienta por normas ou princípios morais, sociais ou lógicos. Está totalmente desligado do mundo real, sendo completamente irrealista. Não conhece juízos de valor, moral, ou o bem ou o mal. Procura a satisfação imediata sem considerar as circunstâncias da vida real.


Freud é autor de vários estádios psicossexuais do desenvolvimento da personalidade.

 Estádio Oral: Nascimento até 18 meses/2 anos
Necessidades e gratificações centradas na boca. A fixação neste estádio conduz à tendência exagerada para comportamentos de gratificação oral, como comer, beber, beijar ou fumar.

Estádio Anal: 2 aos 4 anos
A criança começa a desenvolver o controlo muscular ligado à defecação, sendo que a descarga reflexa produzida pela pressão nos músculos do esfíncter anal, torna-se agradável. O período de treino de casa-de-banho desempenha um importante papel na formação dos conceitos morais do indivíduo.

Estádio fálico: Dos 3 aos 5/6 anos
A satisfação erótica passa para a zona genital, sendo esta uma fase caracterizada pelo exibicionismo. Aparecem os famosos Complexo de Édipo e de Electra, as primeiras experiência de amor heterossexual.

Estádio de latência: 5/6 anos à puberdade
Os desejos sexuais estão praticamente ausentes. Isto deve-se à amnésia infantil, onde a criança reprime no inconsciente as experiências fortes do estádio fálico.
A curiosidade sexual cede lugar à curiosidade intelectual que a entrada na escola ajuda a desenvolver, também na medida em que afasta a criança do mundo familiar carregado de afectividade.

Estádio genital: Da puberdade à adolescência
O alvo ideal do desenvolvimento humano. Fase de grande intensidade, explicável pela maturação orgânica e aos impulsos desencadeados pela consequente produção de hormonas sexuais. Última etapa do desenvolvimento psicossexual.


E assim acaba mais um post do nosso grupo, espero que tenham gostado e até à próxima ;)

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