Vamos lá.
Com a Psicologia a libertar-se da Filosofia era necessário torná-la uma ciência e por isso, definiu-se o seu objecto de estudo (o comportamento, a vida psicológica, a consciência), delimitou-se o seu campo de estudo, formulou-se métodos de estudo deste objecto e teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos da área.
Essa teorias tinham de procurar a neutralidade do conhecimento científico, os dados deviam ser passíveis de comprovação e o conhecimento devia ser cumulativo e servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisas.
Estruturalismo
Wohelm Wundt desenvolve um sistema amplo da nova ciência, desde a psicologia experimental fisiológica até à psicologia dos povos. Wundt era orientado pela física, queria encontrar elementos e processos elementares da experiência consciente (sensações e sentimentos). A partir deles pensava poder construir a alma como um todo.
No seu laboratório, investiga fenómenos da consciência, conhecer as estruturas da mente, pela análise dos elementos simples da mente, recorrendo ao método da introspecção mas de um modo controlado.
Funcionalismo
Os funcionalistas diziam que o objectivo da psicologia era o ajustamento do organismo às exigências do meio em que vive, ou seja, a psicologia devia estudar a consciência como um processo contínuo, como uma corrente. O que importava era responder a : "o que fazem os homens?" e "porque o fazem?".
William James criticava os métodos e os propósitos estruturalistas. Preocupa-se com a compreensão do seu funcionamento, os processos adaptativos homem-ambiente, na medida em que o homem "usa" a mente para se adaptar ao meio.
Behaviorismo
John Watson, cientista polémico, pretendeu tornar a psicologia uma ciência aplicável aos animais e seres humanos e criticava o estruturalismo, dizendo que os factos da consciência não podiam ser testados e reproduzidos pois dependiam das características de cada pessoa.
Basicamente os behavioristas estudavam os eventos ambientais (estímulos), o comportamento observável (respostas) e como a experiência influenciava o comportamento, as aptidões e os traços das pessoas, mais do que a hereditariedade. A base do behaviorismo é de que um estímulo provoca sempre a mesma resposta pelo que não só seria possível prever os comportamentos mas igualmente controlar a produção desses comportamentos. E --> R
Psicanálise
Sigmund Freud foi o primeiro a comunicar a existência de actividade psíquica inconsciente e a formular as leis do dinamismo inconsciente. Quebrando, assim, a tradição da psicologia como a ciência que estuda a consciência e a razão. Acreditava que os problemas do individuo estavam relacionados com os seus desejos reprimidos, muitas vezes relacionados com as fantasias de natureza sexual. Após investigações e estudos surgiu a Psicanálise, consistia em que o analisado fosse levado a dizer tudo o que lhe viesse à cabeça. Surgindo angústias, sonhos, aspirações, motivações e experiências de vida. Assim Freud acreditava conseguir aceder ao inconsciente dos seus pacientes. Daí resultaram comportamentos incompreensíveis tais como, a fobia e auto-agressão. Para termos acesso ao inconsciente ficamos limitados a processos indirectos como a hipnose, a interpretação dos sonhos, associação livre, os actos falhados e a transferência.
Construtivismo
É uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento intelectual é determinado pela relação do sujeito com o meio.
Jean Piaget parte da ideia que o individuo nao nasce inteligente, mas também nao pode ser considerado como um dependente dos agentes externos. Piaget procurou perceber o modo de construção do conhecimento humano e deu origem à epistemologia genética. Analisou erros cometidos por alunos do ensino primário na realização de testes e constatou que eram semelhantes. Descobriu assim que a lógica infantil e os seus modos de pensar são inteiramente diferentes dos adultos.
Considerava que o objectivo da psicologia é o estudo da experiência de um organismo total, com ênfase na precepção, ocupando-se da análise dos elementos essenciais que existem nos processos de organização que reúnem os elementos da experiência numa unidade complexa.
Teve como pioneiros os psicólogos Kurt Kofka, Qolfang Kohler e o filósofo Max Wertheimer. Estudaram os processos perceptivos do sujeito, o comportamento natural do cérebro no processo de percepção e defendiam que o conhecimento do mundo e o nosso comportamento dependem e variam de acordo com aquilo que percepcionamos, ou seja, o que é feito a nível cerebral é de um modo inato e automático.
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