sábado, 21 de abril de 2012

G e n i e (t h e w i l d c h i l d)

 Caros fãs, esta semana vimos um documentário muito interessante intitulado "Genie, the wild child" e aqui está a nossa apreciação.

 Sara M. Wiley quando foi descoberta pelas autoridades tinha adquirido comportamentos estranhos, olhares e expressões de desconfiança, não se conseguia expressar, não conseguia comunicar e deslocava-se como se fosse um coelho. Teria 14 anos e o seu desenvolvimento mental era bastante inferior à sua idade.
O documentário que vimos serviu para colocar algumas questões: Se tivesse a Genie vivido num ambiente dito normal até aos 4 anos e se depois a reservassem num espaço sem ambiente social ela desaprenderia tudo o que até aquela altura aprendera? Porque que existem muitas crianças que tem atrasos no desenvolvimento e sem problemas aparentemente sociais psíquicos porque que essas crianças aprendem mais tarde que as outras? Porque que algumas crianças tem mais facilidade com os números? Outras com as letras? Há quem defenda que tem a ver com a parte do cérebro que está mais desenvolvida do que outra, mas porquê? Porque que algumas crianças ainda no berço sem problemas aparentemente físicos (ausência de dor) choram, berram, espezinham, sem lhes doer nada, sem ter fome… E outras porquê que são tão calminhas e quando choram é com calma e baixinho sem ninguém dar conta? Porquê que há crianças que durante o sono são capazes de dormir sempre no mesmo sitio sem se mexer e outras que andam noites e noites a volta e só param quando caem e só acordadas? Porquê que tudo isto acontece? Será genético? Fará parte das vivências? Da educação? Da hereditariedade? E a nossa personalidade? Porque somos assim?
Após o seu resgate, Genie, foi objecto de estudo por uma equipa de médicos e psicólogos e o documentário que vimos acompanha a vida da "menina selvagem" ao longo dos anos.
 
As crianças selvagens cresceram com pouco contacto humano, ou nenhum, podem ter sido criadas por animais, ou, terem sobrevivido sozinhas. Normalmente são perdidas ou abandonadas na infância e passados anos descobertas, capturadas e recolhidas entre os humanos. Em termos de linguagem só conhecem a mímica e os sons dos animais, especialmente os das suas familias de acolhimento. Algumas podem nunca aprender a falar, outras aprendem algumas palavras, outras ainda aprendem a falar correctamente, o que provavelmente indica que tenham aprendido a falar antes do isolamento. Em relação ao seu comportamento social, em geral, não gostam de usar roupa e alimentam-se e bebem tal como os animais, não gostam da companhia humana e chegam a percorrer longas distâncias para a evitar, não mostram interesse noutras crianças nem nos seus jogos. As crianças selvagens não riem ou choram, manifestam pouco ou nenhum controlo emocional, e têm, muitas vezes, ataques de raiva, exibindo uma força particular e um comportamento selvagem.
O comportamento e os processos mentais humanos são gerados e influenciados por três grupos de factores:
  • biológicos (como  a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral e do sistema nervoso em particular, etc)
  • psicológicos (como preferências, expectativas e medos, reacções enocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc)
  • sócio-culturais (como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio culturalm influência do círculo familiar, de amigos,etc)
A genética é sem dúvida um ramo bastante elaborado, e pode influenciar tremendamente a personalidade, e os nossos comportamentos, contudo ao longo da vida tudo pode ser modificado, alterado, tendo em conta a educação, experiências/situações, pessoas com que nos deparamos ao longo da vida, durante a infância/adolescência, podemos até alterar comportamentos perante um filme que visionamos. O ser Humano é sem dúvida muito complexo e é difícil definir de onde provem certas atitudes e comportamentos de um adulto.
A nosso ver, o Homem é influenciado tanto pelo meio como pelos factores genéticos, e ambos interagem entre si para o complemento do ser humano.

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